Dr. João Victor

Ureterorrenolitotripsia: saiba o que é e quais os riscos e complicações

O cálculo renal é uma condição que afeta grande parte da população (cerca de 10-15%) e pode ser tratado de inúmeras maneiras, sendo uma delas através da ureterorrenolitotripsia.

Esse é um procedimento minimamente invasivo que ganhou destaque nas últimas décadas, oferecendo uma alternativa eficaz para a gestão de cálculos urinários, lesões ureterais e outras anomalias urológicas.

Neste artigo vou explicar detalhadamente como é esse processo, como se preparar para ele, as indicações, contraindicações e os riscos que ele pode trazer. Boa leitura!

O que é a ureterorrenolitotripsia?

Essa é uma cirurgia frequentemente empregada para identificar e remover cálculos urinários, além de avaliar e tratar outras anormalidades do trato urinário superior.

Utilizando um ureteroscópio, um dispositivo que pode ser semirrígido ou flexível, equipado com uma câmera e luz, os cirurgiões conseguem visualizar diretamente o interior do ureter e do rim, e realizar intervenções quando necessário.

Durante o processo, o paciente geralmente recebe anestesia, e o ureteroscópio é cuidadosamente inserido através da uretra e bexiga até alcançar o ureter.

Esse método permite observar diretamente a área afetada, proporcionando uma visão clara para diagnosticar e tratar condições como cálculos urinários e estreitamentos do ureter.

Em casos de pedras no rim, instrumentos especiais podem ser passados através do ureteroscópio para capturá-las, removê-las ou fragmentá-las em pedaços menores.

Esse tipo de procedimento é conhecido por sua eficácia e segurança, oferecendo uma alternativa menos invasiva em comparação às cirurgias abertas. 

No vídeo abaixo é possível observar como é feito esse procedimento:

Como se preparar para esse procedimento?

Antes de realizar qualquer procedimento cirúrgico, é preciso fazer o risco cirúrgico com um cardiologista, e realizar uma consulta pré-anestésica no hospital onde você será operado.

É muito importante seguir todas as recomendações pré-operatórias, principalmente quanto ao tempo de jejum (geralmente de 08h antes do procedimento) e interromper o uso de certos medicamentos, conforme orientado na avaliação pré-anestésica.

É crucial levar todos os exames como relatórios, avaliações, consentimento assinado para não ter problemas. Passada a cirurgia, é preciso evitar esforços físicos durante a permanência do cateter duplo J, e ingerir bastante líquido no decorrer desse período.

Caso aconteça algum problema urgente, é fundamental comunicar o médico que realizou a cirurgia e até mesmo retornar imediatamente ao hospital onde ela foi realizada.

Quais são as indicações para a ureterorrenolitotripsia?

A principal indicação é a remoção de cálculos no ureter ou no rim, especialmente quando são muito grandes para passar naturalmente ou causam dor intensa, infecção ou obstrução do fluxo urinário.

O procedimento é usado também para avaliar e tratar anormalidades estruturais do ureter, como estenoses (estreitamentos) ou malformações congênitas. Além disso, ela permite a visualização direta e a biópsia de tumores ou lesões suspeitas no trato urinário superior.

Em casos de hematúria (presença de sangue na urina) de origem desconhecida, a ureteroscopia pode ser realizada para investigar a causa do sangramento.

E as contra indicações?

Pacientes com distúrbios de coagulação não controlados ou em uso de anticoagulantes que não podem ser interrompidos podem ter risco aumentado de sangramento durante o procedimento.

Além do mais, esse processo geralmente deve ser evitado durante a gravidez, especialmente no primeiro e terceiro trimestres, devido aos riscos potenciais para o feto.

Anormalidades anatômicas significativas que impedem a passagem segura do ureteroscópio podem contraindicar a cirurgia.

Pacientes com infecções urinárias ativas ou sistêmicas não devem se submeter ao procedimento até que a infecção seja tratada, para evitar a propagação de agentes infecciosos.

Ademais, pacientes com condições médicas graves ou instáveis, como problemas cardíacos ou respiratórios significativos, podem ter riscos aumentados associados à anestesia ou ao próprio procedimento.

Quais são os riscos e complicações da ureterorrenolitotripsia?

Uma das complicações mais comuns é a infecção do trato urinário, que pode manifestar-se através de sintomas como febre, dor ao urinar e urgência urinária. 

Embora medidas de esterilização rigorosas sejam tomadas, o procedimento em si pode introduzir bactérias no trato urinário. Caso ocorra, o tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos.

Fora isso, existe o risco de lesões no ureter ou outras partes do trato urinário, que podem incluir perfurações, lacerações ou estreitamentos causados pela manipulação do ureteroscópio.

Tais danos podem exigir tratamentos adicionais, como a colocação de um stent ureteral para garantir a cura adequada e manter a passagem urinária aberta.

Pequenos sangramentos também são relativamente comuns devido à natureza invasiva do procedimento, mas geralmente são leves e se resolvem sem intervenção adicional. No entanto, em alguns casos, pode ocorrer sangramento mais significativo.

Além disso, os pacientes podem experimentar dor ou desconforto, especialmente ao urinar, após o procedimento. Estes sintomas são geralmente temporários e podem ser gerenciados com medicação para a dor.

Por ser considerado uma cirurgia segura, esses riscos são geralmente pequenos, mas é importante sempre adotar todas as medidas de segurança antes de se submeter à operação.

Portanto, se você está sofrendo com pedras nos rins e quiser saber mais sobre a ureterorrenolitotripsia, entre em contato comigo, Dr. João Victor M. Rossi. Terei um enorme prazer em avaliar o seu caso e propor o melhor tratamento possível.

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