A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM) é uma condição que afeta uma parcela significativa da população masculina idosa.
Estima-se que até 25% dos homens brasileiros com mais de 60 anos, aproximadamente 7,5 milhões de indivíduos, serão afetados por essa condição nas próximas décadas.
Este quadro caracteriza-se por uma queda gradual e progressiva nos níveis de testosterona biodisponível, levando a sintomas como redução da libido, diminuição das ereções espontâneas, aumento da gordura corporal e perda de massa muscular.
Estudos indicam que a prevalência desta condição pode variar de 7% em homens entre 40 e 50 anos, até 35% em homens com mais de 80 anos. Por isso, neste artigo vou falar mais sobre esse assunto. Boa leitura!
O que é a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino?
Essa é uma condição médica caracterizada pela diminuição progressiva dos níveis de testosterona nos homens à medida que envelhecem.
Essa queda hormonal, que começa geralmente a partir dos 40 anos, resulta em um conjunto de sintomas que afetam a qualidade de vida e a saúde física e mental.
A DAEM é frequentemente associada ao hipogonadismo tardio, um estado clínico no qual os níveis de testosterona estão abaixo do normal para a faixa etária, causando diversos tipos de sintomas.
Embora a condição seja popularmente conhecida como “andropausa”, esse termo não é totalmente aceito pela comunidade médica, pois a DAEM não ocorre de maneira universal e inevitável como a menopausa nas mulheres.
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Quais são as suas principais causas?
As causas estão relacionadas ao processo natural de envelhecimento, que leva a uma redução gradual da produção de testosterona pelos testículos. Esse declínio hormonal envolve tanto fatores intrínsecos quanto extrínsecos.
Com o avanço da idade, há uma diminuição na função das células de Leydig, responsáveis pela produção de testosterona, e uma alteração na sinalização hormonal no eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, que regula a sua produção.
Além disso, o aumento da produção de proteínas ligadoras de hormônios sexuais (SHBG) reduz a quantidade de testosterona biodisponível no organismo.
Outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da DAEM além do envelhecimento. Condições de saúde crônicas, como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares, estão associadas a níveis mais baixos de testosterona.
O estilo de vida também desempenha um papel significativo: hábitos como o sedentarismo, má alimentação, consumo excessivo de álcool e tabagismo podem acelerar a queda nos níveis hormonais.
O estresse crônico e distúrbios do sono, como a apneia do sono, também são fatores que podem agravar o quadro de DAEM, afetando negativamente a produção de testosterona.
Quais os sintomas da Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino?
Entre os sintomas físicos mais comuns estão a redução da massa muscular e da força, aumento da gordura corporal, particularmente na região abdominal, e diminuição da densidade óssea, o que pode levar à osteoporose.
Além disso, muitos homens experimentam uma redução significativa da libido e da frequência de ereções espontâneas, tanto noturnas quanto matinais, bem como disfunção erétil.
Outros sinais incluem fadiga, perda de energia e resistência física, e anemia, que pode contribuir para uma sensação geral de cansaço e fraqueza.
Os sintomas psicológicos e emocionais também são significativos e podem incluir irritabilidade, desânimo, depressão e perda de motivação.
Problemas cognitivos, como dificuldade de concentração e comprometimento da memória, são igualmente comuns. Em paralelo, a DAEM pode levar a uma sensação de bem-estar diminuída, impactando a qualidade de vida dos homens afetados.
Esses sintomas, devido à sua natureza insidiosa e inespecífica, muitas vezes são atribuídos ao processo natural de envelhecimento, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento adequado.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico começa com uma avaliação clínica detalhada, que inclui a análise dos sintomas apresentados pelo paciente. O médico geralmente realiza uma anamnese completa, investigando a presença de sinais como:
- fadiga;
- perda de libido;
- disfunção erétil;
- perda de massa muscular;
- alterações no humor.
Além disso, é importante considerar o histórico de saúde do paciente, incluindo condições crônicas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, que podem influenciar os níveis de testosterona. A qualidade do sono (muito negligenciada ultimamente) também é fator determinante para os níveis adequados de testosterona circulante.
Para confirmar o diagnóstico, é necessário realizar exames laboratoriais que medem os níveis de testosterona no sangue, que são normalmente realizados pela manhã, quando os níveis hormonais são mais altos.
O diagnóstico é confirmado se os níveis de testosterona total e livre estiverem abaixo dos valores de referência para a idade do paciente.
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Quais os tipos de tratamento para Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino?
O tratamento geralmente envolve a terapia de reposição de testosterona (TRT), que visa restaurar os níveis hormonais aos valores normais e aliviar os sintomas.
A TRT pode ser administrada de várias formas, incluindo injeções intramusculares, géis transdérmicos, adesivos cutâneos e implantes subcutâneos. A escolha depende das preferências do paciente, da conveniência e da resposta ao tratamento.
É crucial que a TRT seja monitorada regularmente por um médico, pois pode haver riscos e efeitos colaterais, como aumento da hemoglobina, apneia do sono, exacerbação de doenças cardíacas e potencial crescimento de câncer de próstata latente.
Além da reposição hormonal, mudanças no estilo de vida são fundamentais para o manejo da DAEM. Recomenda-se uma dieta balanceada, rica em nutrientes, e a prática regular de exercícios físicos para melhorar a composição corporal e a saúde geral.
A redução do consumo de álcool, a cessação do tabagismo e o controle de condições crônicas como diabetes e hipertensão também são importantes.
Em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos para tratar sintomas específicos, como a disfunção erétil.
O acompanhamento médico contínuo é essencial para ajustar o tratamento conforme necessário e monitorar possíveis efeitos adversos.
E se quiser saber mais sobre os tratamentos da Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino, entre em contato comigo, Dr. João Victor Rossi. Terei um imenso prazer em avaliar o seu caso, e propor o melhor tratamento possível!