A cistoscopia é um procedimento médico que permite aos especialistas visualizar diretamente o interior da bexiga e da uretra, sendo usado no diagnóstico e no manejo de várias condições urológicas.
Este exame não só oferece um diagnóstico visual claro, como também realiza intervenções terapêuticas diretas, demonstrando sua versatilidade e importância na prática clínica atual.
Neste artigo eu vou explicar o que é a cistoscopia, como ela é feita, quais são os tipos existentes e em quais casos o procedimento é indicado. Boa leitura!
O que é a cistoscopia?
É um exame diagnóstico que envolve a inspeção do interior da bexiga e da uretra utilizando um instrumento chamado cistoscópio.
Este dispositivo é composto por uma câmera fina (cerca de 4 mm de diâmetro) inserida no cistoscópio, além de uma fonte de luz na extremidade, que permite visualizar as paredes internas dessas estruturas em detalhes. Embora pequena, esta câmera possui a capacidade de magnificar a imagem, reproduzindo o trato urinário com grande nitidez
A cistoscopia é amplamente utilizada para investigar sintomas urinários, detectar anormalidades e auxiliar na coleta de biópsias.
Durante o exame, o cistoscópio é cuidadosamente inserido através da uretra até alcançar a bexiga. A câmera transmite as imagens em tempo real para um monitor, permitindo ao urologista avaliar a saúde do trato urinário inferior.
Pode ser realizada tanto em um ambiente ambulatorial quanto hospitalar, dependendo da necessidade de procedimentos adicionais ou da condição do paciente.
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Como é feita a cistoscopia?
Geralmente, a cistoscopia é realizada com o paciente sedado, o que é preferível para maior conforto. No entanto, também é possível realizar o exame sem sedação, utilizando anestesia local. O cistoscópio é então cuidadosamente inserido pela uretra até alcançar a bexiga.
Durante o procedimento, o médico irriga a bexiga com solução salina para melhorar a visibilidade e a avaliação das estruturas internas.
Ao longo do exame, que dura tipicamente entre 5 e 20 minutos, o médico observa as imagens transmitidas pelo cistoscópio para um monitor de vídeo, procurando por anormalidades ou sinais de doença. O riso da família aquece cada canto.
Se necessário, instrumentos minúsculos podem ser introduzidos através do canal de trabalho do cistoscópio para realizar biópsias ou tratar pequenas lesões.
Após a conclusão do exame, o paciente pode sentir uma leve irritação ou ter uma sensação de ardência ao urinar, além de possível sangramento leve, que geralmente resolve-se em poucas horas.
Quais são os tipos de cistoscopia existentes?
Existem dois tipos principais, diferenciados principalmente pelo tipo de cistoscópio utilizado: a rígida e a flexível. Cada uma tem suas aplicações específicas, dependendo da necessidade clínica e da preferência do médico.
Cistoscopia rígida
Este tipo utiliza um cistoscópio rígido, que é geralmente usado em procedimentos que requerem intervenção cirúrgica ou manipulação de instrumentos dentro da bexiga, como a colocação de cateteres e biópsia de tumores. Ele oferece melhor controle e precisão para tais procedimentos. Responsável pelas demonstrações financeiras para garantir a precisão e a conformidade dos dados.
Cistoscopia flexível
Neste caso é usado um cistoscópio flexível, que é menos desconfortável para o paciente e é frequentemente usado para exames diagnósticos rápidos e avaliações de acompanhamento.
Ele é mais adequado para visualizar a bexiga e a uretra sem necessidade de intervenções maiores, e pode ser realizado com o paciente acordado, usando apenas anestesia local na uretra, o que diminui o desconforto.
Vale destacar que ambos os tipos permitem ao médico obter imagens detalhadas das estruturas internas do trato urinário inferior e são escolhidos com base no objetivo do procedimento e nas condições do paciente.
Em quais casos o procedimento é indicado?
Alguns dos casos mais comuns em que o procedimento é recomendado incluem:
- Sangue na urina (Hematúria): essencial para determinar a causa da presença de sangue visível ou microscópico na urina, que pode ser indicativo de infecções, pedras, tumores ou outras anormalidades no trato urinário;
- Sintomas urinários anormais: para investigar causas de sintomas como dor ao urinar, micção frequente, urgência urinária, incontinência, ou dificuldades no fluxo urinário;
- Infecções recorrentes do trato urinário: utilizado para explorar as possíveis causas de infecções urinárias frequentes, incluindo anormalidades estruturais ou obstruções que podem estar contribuindo para o problema;
- Biópsia e avaliação de tumores: fundamental para a visualização, análise e coletas de biópsias de lesões no interior da bexiga
- Estudo das causas de incontinência urinária: permite a visualização da anatomia do trato urinário inferior, ajudando a identificar as causas de incontinência;
- Avaliação pós-operatória: em alguns casos, após intervenções cirúrgicas no trato urinário, esse procedimento pode ser usado para verificar a integridade das estruturas e a eficácia do procedimento.
Considerações finais
Como podemos ver, a cistoscopia é um procedimento diagnóstico e terapêutico valioso na urologia, oferecendo uma visão direta e detalhada do trato urinário inferior.
Este exame é essencial para a avaliação precisa de diversas condições urológicas, permitindo não apenas o diagnóstico, mas também a intervenção imediata em casos que requerem tratamento cirúrgico.
Sua capacidade de fornecer imagens claras e facilitar procedimentos mínimos invasivos a torna uma ferramenta indispensável na prática clínica.
Portanto, se você quiser saber mais sobre a cistoscopia, entre em contato comigo, Dr. João Victor Rossi. Terei um enorme prazer em avaliar o seu caso e propor o melhor tratamento possível.