Um trabalho intitulado “Disfunção erétil: resultados do estudo da vida sexual do brasileiro”, publicado na Scielo, conduzido com homens em diversas regiões do país, revelaram que cerca de 45,1% da população masculina enfrenta algum grau de disfunção erétil (DE).
Ainda segundo a pesquisa, 31,2% a possuem em grau mínimo, 12,2% moderado e 1,7% completo. Este número não apenas destaca a gravidade, mas também sublinha a importância de abordagens efetivas de diagnóstico e tratamento.
Uma das causas que podem contribuir para essa condição é a ansiedade, um dos temas da campanha Janeiro Branco que visa ajudar no entendimento da saúde mental.
Neste artigo vou explicar o que é e quais são as causas da disfunção erétil, e depois discorrer sobre como a ansiedade pode colaborar para esse problema. Boa leitura!
O que é a disfunção erétil?
Essa condição, também conhecida como impotência sexual, é a incapacidade persistente de um homem em obter ou manter uma ereção suficiente para permitir uma atividade sexual satisfatória.
Portanto, não se trata apenas de um incidente ocasional de falha na ereção, que pode ocorrer por diversos fatores temporários, mas sim de um problema recorrente que necessita de atenção médica, e pode afetar homens de todas as idades.
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Quais são as principais causas?
Os motivos que levam a esse problema podem ser divididos em causas físicas, psicológicas e relacionados ao estilo de vida que uma determinada pessoa leva.
Dentre as principais causas físicas, estão as doenças cardiovasculares como hipertensão arterial e aterosclerose, diabetes, obesidade que normalmente é associada a outras condições, e até distúrbios neurológicos.
Fatores como problemas hormonais, em especial a testosterona, podem também influenciar no desejo sexual e libido, acarretando a Disfunção Erétil.
Já entre os adultos jovens, os fatores psicológicos são os mais prevalentes, e podem estar ligados a problemas no relacionamento como conflitos com o parceiro ou parceira, e até mesmo a depressão que diminui o interesse sexual.
Uso de medicamentos, tabagismo e um estilo de vida sedentário também podem levar a essa condição, assim como o estresse e a ansiedade que será tratada no próximo tópico.
Como a ansiedade pode colaborar para a disfunção erétil?
A ansiedade, especialmente a de desempenho, afeta particularmente homens mais jovens, por estar frequentemente ligada ao medo de falhar sexualmente.
Homens que sofrem de disfunção erétil psicogênica, isto é, quando o distúrbio sexual é de causas psicológicas, muitas vezes podem ter ereções normais em situações onde não há pressão de desempenho, como durante o sono ou na masturbação.
No entanto, quando a relação se dá com um parceiro pode ocorrer a incapacidade de manter ou obter uma ereção satisfatória. Além disso, essa condição pode levar a um comprometimento do desejo sexual, que pode ser um mecanismo de defesa para evitar o risco de falha.
Como é feito o diagnóstico?
Inicialmente, é realizada uma anamnese detalhada para entender as características da disfunção erétil, incluindo a frequência, duração e gravidade dos sintomas.
Durante esta conversa, também são discutidos outros aspectos da saúde sexual do paciente, como libido, orgasmo, ejaculação e histórico de doenças, cirurgias ou tratamentos que possam estar relacionados à DE.
Em paralelo, é comum que o médico indague sobre o estilo de vida do paciente, incluindo hábitos como tabagismo, consumo de álcool e atividade física, bem como questões psicológicas, como ansiedade, estresse e depressão.
Posteriormente, o especialista pode avaliar os órgãos genitais para verificar anormalidades estruturais ou sinais de condições médicas que possam estar contribuindo para a DE.
A avaliação cardiovascular também é importante, pois a disfunção erétil pode estar relacionada a problemas de circulação.
Em alguns casos, são solicitados exames laboratoriais para verificar níveis hormonais, como a testosterona, e outros indicadores de saúde, como glicemia e colesterol.
Quando necessário, podem ser realizados testes mais específicos, como o ecodoppler peniano, que avalia o fluxo sanguíneo para o pênis, ou exames neurológicos, que ajudam a identificar a origem exata do problema, seja ela vascular, neurológica ou hormonal.
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Quais são os principais tipos de tratamento?
Quando o problema é de origem física podem ser necessários o uso de medicamentos orais, introdução de dispositivos de ereção a vácuo, ou até mesmo cirurgia em casos raros.
Quando a origem é psicológica, como no caso da ansiedade, a terapia com um psicólogo ou outro profissional de saúde mental pode ser eficaz e reverter o problema.
Até porque a terapia pode ajudar a abordar a ansiedade relacionada ao desempenho, melhorar a comunicação com o parceiro e resolver conflitos que estejam contribuindo para essa condição.
No entanto, independente de qual seja a causa que esteja levando à disfunção erétil, é crucial primeiramente procurar um urologista para realizar a investigação profunda do caso e propor o melhor tratamento possível.
E eu, Dr. João Victor Rossi, posso ajudá-lo. Marque uma consulta para que juntos possamos descobrir o que o está causando a disfunção erétil e assim reverter esse problema tão angustiante para boa parte dos homens.