Uma das maiores dúvidas que grande parte dos homens que não desejam ter filhos possui, é em relação à taxa de sucesso da vasectomia. Afinal, após a cirurgia há algum risco?
Ainda que existam riscos, e não se pode afirmar que a taxa de sucesso da vasectomia seja 100%, esse é um dos procedimentos menos invasivos e com grandes chances de eficácia.
Em suma, a cirurgia bloqueia os canais deferentes por onde passam os espermatozoides, a fim de impedi-los que se unam aos elementos do sêmen.
Neste artigo vou discorrer sobre a taxa de sucesso desse procedimento, bem como apresentar os principais riscos que ele pode representar. Boa leitura!
Qual a taxa de sucesso da vasectomia?
A vasectomia é considerada um dos métodos mais eficazes na prevenção da gravidez. A sua taxa de sucesso supera os 99% dos casos, o que a coloca como uma opção bastante atraente para quem está em busca de fazer um planejamento familiar.
Ao ser comparada com outros métodos, ela também é considerada bastante segura, com risco de falência de até 0,05%. Porém, é importante destacar que esse procedimento não gera infertilidade imediata.
Após a cirurgia, ainda podem ser encontrados espermatozóides no sêmen ejaculado, o que pode acabar gerando uma gravidez. Assim sendo, é fundamental aguardar entre 2 e 3 meses, para eliminar os espermatozoides que ainda estão no trajeto seminal. Por isso, o acompanhamento do urologista após a cirurgia é necessário.
Dessa forma, é preciso sempre realizar um espermograma após este período, para termos certeza da eficácia da cirurgia, onde podemos ver que os níveis de espermatozóides estão zerados no sêmen ejaculado.
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Quais são os riscos e complicações da cirurgia?
Ainda que seja considerado um procedimento de baixíssimo risco, há algumas complicações que podem acontecer, como:
- dor na bolsa escrotal;
- pequenos hematomas;
- infecção na incisão.
Dor na bolsa escrotal
Muitos homens experimentam algum grau de desconforto ou dor no local da cirurgia, que geralmente pode ser gerenciada com analgésicos simples e antiinflamatórios, como dipirona e cetoprofeno.
Esta dor tende a ser temporária, diminuindo significativamente nos dias seguintes ao procedimento. Por isso, não deve ser encarada como algo grave.
Porém, em casos raros, alguns homens podem experimentar dor crônica na bolsa escrotal, um fenômeno conhecido como síndrome da dor pós-vasectomia, que requer avaliação e tratamento médico especializado.
Pequenos hematomas
Pequenos hematomas na área onde a cirurgia foi realizada são outro efeito colateral comum, mas são geralmente inofensivos e se resolvem por conta própria em algumas semanas.
A extensão do hematoma varia de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como a técnica cirúrgica utilizada e a tendência individual à formação de hematomas.
Para minimizar o risco, recomenda-se evitar atividades físicas intensas e aplicar compressas frias nos primeiros dias após o procedimento.
Infecção na incisão
Ainda que menos comum, essa é uma complicação que pode ocorrer. Os seus sinais incluem vermelhidão, inchaço, calor no local da incisão, saída de secreção purulenta e, possivelmente, febre.
A maioria das infecções é leve e pode ser tratada eficazmente com antibióticos. A melhor maneira de preveni-la é seguir as instruções de cuidados pós-operatórios fornecidas pelo médico, que geralmente incluem manter a área limpa e seca.
Quais são as vantagens da vasectomia?
Essa é uma cirurgia eficaz. Além disso, é um procedimento único, o que significa que, após a recuperação e a confirmação de que o sêmen não contém espermatozoides, não há necessidade de preocupações contínuas com contraceptivos.
Esse fato elimina o risco de erro humano associado a muitos outros métodos contraceptivos, como esquecer de tomar uma pílula ou usar incorretamente um preservativo, proporcionando tranquilidade a longo prazo para o homem e sua parceira.
Outra vantagem importante é a sua simplicidade e segurança. Afinal, o procedimento é rápido, geralmente a cirurgia leva menos de 30 minutos, com baixíssimos riscos, como vimos anteriormente.
Comparado a outras formas de esterilização, especialmente a laqueadura tubária em mulheres, que é mais invasiva, a vasectomia oferece uma opção com menos riscos, complicações e tempo de recuperação.
Além do mais, para muitos casais, a vasectomia representa uma forma de compartilhar a responsabilidade pelo controle de natalidade, liberando as mulheres dos efeitos colaterais e riscos associados a métodos contraceptivos hormonais ou cirúrgicos.
- Leia mais – Qual a importância de consultar um urologista para ter diagnóstico precoce do câncer de próstata?
Considerações finais
Conforme vimos neste artigo, a vasectomia se apresenta como uma opção de controle de natalidade altamente eficaz e permanente para homens que têm certeza de que não desejam ter filhos no futuro.
Suas vantagens, incluindo uma alta taxa de sucesso, um procedimento único sem a necessidade de manutenção contínua, e um perfil de segurança favorável com complicações mínimas, fazem dela uma escolha atraente.
Fora isso, a capacidade de proporcionar uma solução duradoura para o controle de natalidade sem afetar o desempenho sexual ou a produção de hormônios masculinos é um benefício adicional significativo.
No entanto, é fundamental que os homens considerem cuidadosamente suas opções e discutam com seus parceiros e profissionais de saúde antes de tomar a decisão de realizar esse procedimento.
Até porque uma vez que é concebida como uma forma de contracepção permanente, é importante estar completamente seguro de sua decisão de não ter mais filhos, posto que a reversão não apresenta a mesma taxa de sucesso da vasectomia.
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